A saga do Panteão Nacional

Portugal é um país rico… em história, em cultura, em arte, em património natural que teimamos em não proteger, como vimos este verão. Em dinheiro é que nem por isso. Quando discutia esta questão cá em casa, perguntei-me:
Porque é que não podemos alugar um espaço como aquele, referindo-me à nave central, para se poder angariar dinheiro para manter os espaços culturais?
Sinceramente não vejo problemas em que se organizem eventos em sítios tão variados como o Panteão Nacional, a Estufa Fria ou o Palácio de Cristal entre mil e umas opções belíssimas em Portugal. O meu problema é por quanto e para que fim. Se a compensação financeira fosse relevante e canalizada para a manutenção do nosso vasto património cultural e natural e, deste modo, conseguirmos ter um país ainda mais bonito, porque não?
Claro que não me estou a referir a uma rave party no Mosteiro dos Jerónimos mas, como para tudo na vida, tem que haver bom senso. Não vi nada de mal nas imagens que circularam na internet. Foi um jantar calmo e educado, com música ambiente num lugar maravilhoso.
Já estive em jantares em sítios simpáticos, considerados Património… Já fui a um bar (no estrangeiro, claro) que tinha sido transformado num bar… Não estou a advogar o mesmo por aqui, bem pelo contrário. A minha alma pragmática diz-me apenas que se pudermos usar esses recursos financeiros, provenientes de eventos bem organizados, não será necessário transformar igrejas em bares ou hotéis. E, bem gerido (este é sempre o meu maior receio), teremos um Portugal mais bonito e com menos monumentos a caminhar para a ruína.
Como sempre, são livres de discordar… mas com jeitinho e respeito! Afinal, é a escrever que a gente se entende 🙂
 
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00 comments on “A saga do Panteão Nacional

  • vania relvas , Direct link to comment

    Totalmente de acordo! Dinheiro em Portugal é coisa que não abunda e por isso se se pode rentabilizar, porque não? É este tipo de cultura e outros coisas assim que nos coloca neste tipo de situação, pobres…. e tristes!

Qual a vossa opinião?

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