Os meus filhos: os totós do capacete

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Há muitas coisas que me irritam: pessoas que deitam lixo para o chão, pessoas que cospem para o chão, pessoas que regam a beira da estrada com a sua urina, pessoas que se esquecem dos piscas e pessoas a andarem de bicicleta sem capacete.

Vamos apenas olhar para a última frase… Pessoas – Bicicleta – Capacete!

Gostava muito de formar um movimento cívico de oferta de capacetes. Infelizmente ainda não me tornei uma milionária excêntrica para poder fazê-lo… Cada vez que visse um ciclista a passear de cabecinha ao léu… lá estava eu a oferecer-lhe um capacete e a conversar um pouco sobre o benefício de usar capacete.

Para além do óbvio, que protege a cabeça quando por exemplo caímos, é extremamente sexy. Debaixo daquele ovo protetor está uma cabeça linda que protege um cérebro maravilhoso, que não é grande apreciador de choques com o asfalto ou com pedras.

Para os que me dizem, ah e tal, quando era criança também não usava, também no nosso tempo andavamos sem cinto nem cadeiras nos carros, o que não quer dizer que isso seja bom! É bom saber que evoluímos e que temos airbags, cintos para todos e que um capacete é relativamente barato!

Em primeiro lugar, os acidentes acontecem e se podemos proteger os nossos filhos de males maiores, sem grandes problemas, porque não? É mais fácil que aprendam a sua utilidade desde pequenos e que se habituem a pedir para os usar. Não vale a pena dar sermões aos filhos para usarem se os pais não usarem igualmente! A modelagem de comportamentos surge mais por ver do que por ouvir.

Em segundo lugar porque nem sempre os acidentes são simples quedas e proteger a cabeça pode ser proteger a vida. O meu marido que tem uma queda por quedas já teve dois acidentes que, caso não houvesse capacete, poderia não haver marido…

Um foi de mota, muito jovem, com missa marcada pois o prognóstico médico era muito negro… Contrariamente às expectativas, ele sobreviveu para contar, bastante partido mas inteiro! O segundo foi de bicicleta, num passeio normal, com um grupo de amigos, quando uma pedra se meteu à frente da bicicleta e ele caiu com alguma violência com a cabeça numa pedra. Felizmente aí, a única coisa partida foi mesmo o capacete… e as dores no corpo todo nos dias seguintes…

Hoje em dia, se forem sem capacete e um (mais ou menos) jovem garboso se aproximar de vós, chamando a atenção para que usem um capacete, cujo valor é bastante inferior ao de qualquer bicicleta, é o meu marido! Nem sempre temos de bater com a cabeça na parede ou nas pedras para aprendermos uma lição…

Em relação aos meus filhos, os totós de capacete, são eles que pedem para usar tanto com a bicicleta como com as trotinetes. Para já compreendem o valor de um capacete, não quer dizer que quando chegarem à adolescência não queiram trangredir um bocadinho… Espero que não… Que a lição do pai tenha sido suficiente.

A mãe, que também adora andar de bicicleta, inclusive andando numa na universidade (as saudades da minha pasteleira cor de rosa), sempre gostou de andar de capacete. É mais ou menos como vemos nos filmes, o cabelo a soltar-se do capacete como um reclame ao Pantene Pro-V (com uma modelo com menos centímetros e com mais kilos).

Vá lá, usem proteção! Não custa nada e pode salvar-vos a vida… dos 8 aos 80. Palavra de mãe!
 
 

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