Primeiro, deixem-me pentear o cabelo

pentear

Não sou uma pessoa da manhã, nem da noite. Sou uma pessoa das 8.00 às 12.00. Antes disso, sou bicho, depois disso, viro bicho. De manhã, peço só que me deixem lavar os dentes, pentear o cabelo e tomar o pequeno almoço. É, nessa altura, que a minha humanoidade (palavra inventada: da qualidade de me começar a sentir novamente humana) começa a entrar. Até lá, estou em modo sobrevivência.

Com a pandemia, a parte boa foi que deixámos de ter que acordar tão cedo. Por outro lado, os meus rapazes de 8 e 12 anos têm muita energia acumulada e acordam como se tivessem emborcado umas quantas garrafas de guaraná, noite dentro.

O vapor vai-se desvanecendo ao longo do dia, embora os nossos níveis de energia só se encontrem ao mesmo nível, para aí uma vez por dia!!!

energia

Assim sendo, e uma vez que não consigo fazer parte do clube das 5 da manhã, peço sempre que me deixem acordar com calma. Preciso escovar bem os dentes e pentear o cabelo para me sentir pessoa. Vestir uma roupa confortável, que não pijama, e colocar um batom. Pode ser um labello colorido ou algo mais, de modo a olhar-me ao espelho e ver uma mulher acordada.

Depois de todo este ritual, acompanhado de um belo pequeno-almoço, agora aconselhado pela Raquel Mateus, posso começar a comunicar com a prole. Até lá, o meu discurso não passa de monossílabos de entendimento.

Enquanto trato do meu ritual matinal de confinamento (igualzinho ao de desconfinamento), os meus pequenos já sabem vestir-se e tomar o pequeno-almoço. Neste momento, a bebé ainda dorme pela manhã dentro. Mordomias de quem não vai para a creche.

Pentear o cabelo?

Sim, a minha sobrevivência mental a este estado de confinamento depende um pouco destes rituais. São pequenas coisas que me fazem sentir melhor. E esse é o passo para que o dia corra melhor. Não é preciso muito!

Acredito que cada um de nós crie o seu sistema de resiliência a este momento. O importante é que consigamos mantermo-nos bem-dispostos enquanto isto durar. Não significa que estejamos sempre felizes ou que tenhamos que pentear o cabelo todos os dias. Significa apenas que precisamos de manter o espírito positivo durante este tempo, na esperança de dias melhores.

Qual o vosso mecanismo de “sobrevivência”?

Partilhem connosco nos comentários. É fazer exercício físico? Fazer bolos? Escrever um livro?

Se agora estamos a criar um bebé em confinamento, a experiência de uma gravidez em confinamento não foi mais simples. Podem ler a publicação!

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