Estreia amanhã o filme mais maravilhoso de 2017. Preparem-se para rir, chorar, desesperar e aclamar! Não sei se se recordam que fomos ver a sessão especial a convite da Spread the Word e da NOS, onde aprendemos mais sobre a Cerimónia do Chá e, no final, nos foi oferecida uma manga, da qual surgiu o nosso Chutney de Manga.
Judi Dench aparece-nos mais uma vez magnífica e, se os anos passam por ela, e passam, tem envelhecido de maneira esplêndida. Conseguimos ver os sulcos das suas rugas, as marcas de envelhecimento estão todas lá, como estariam na Rainha Vitória. Dench entrega-nos uma rainha velha, rezingona, mal-disposta, farta daquela vida e vai-nos fazendo apaixonar por aquela personagem como se se tratasse da nossa própria avó.
É agradável ver Vitoria & Abdul a aprenderem e partilharem tanto um com o outro. É, no entanto, doloroso ver a relação de uma rainha que teve tantos filhos e acaba por estar sempre só, orgulhosamente só, sem ter ninguém em quem confiar.
A amizade que cresce entre ambos é realmente estranha pois, em comum, pouco mais têm do que o falar inglês. Tudo o resto é diferente quer para um, quer para outro. Quero realçar o papel do amigo de Abdul, que apesar de ser secundário é relevante em relação ao poder que se tinha sobre um ser humano, mesmo que não fosse escravo e de como podia ser usado a bel-prazer, sem se preocuparem com o bem-estar ou os desejos dele.
Bons filmes que fazem bem à alma!
SPOILER ALERT – SPOILER ALERT – SPOILER ALERT – SPOILER ALERT – SPOILER ALERT
Não leiam… esta parte se não querem saber o fim do filme.
Levem lenços… Sim… e se vos morreu alguém próximo (de velhice – se assim se pode dizer) preparem-se pois Dench merece um óscar. Está muito realista e é impossível não ficar com o coração muito apertadinho!