13 anos para sempre, Marion – Convite

marionOlhem bem para este rosto! É uma jovem catita, com um ar simpático, bonito.. Marion suicidou-se faz hoje 4 anos. Teria agora 17 anos… Não terá direito a ir ao baile de finalistas, não entrará na universidade… Não irá amadurecer e perceber que as garotas parvas que lhe chamavam de nomes tinham outros problemas a resolver, consigo próprias, e não com a Marion.

Marion podia ser a minha filha, a tua filha, a filha de Obama ou a da pediatra dos nossos filhos! Podíamos não perceber o que se estava a passar com ela e, como a mãe, encontramos aquela pessoa, a nossa pessoa, enforcada no quarto ainda antes de ter tido a hipótese de viver.

Não vou perder tempo a discutir sobre os bullies. Eles existem e andam por aí. São os que chamam os meus filhos de gordo ou caixa de óculos ou trinca espinhas. São os que passam rasteiras no intervalo ou dão calduços no corredor. São que tiram fotografias embaraçosas e as colocam no facebook para os envergonhar. São os que em grupo no facebook ou no whatsapp se unem para destruir um jovem…

A mãe de Marion não baixou os braços e continua a lutar contra esses bullies, chamando a atenção dos outros pais para este problema que persiste e vai corroendo a autoestima dos nossos jovens. O livro chegou às livrarias no dia 13 de janeiro e serve não apenas de tributo mas também de alerta para estas questões. As redes sociais são ótimas para promover o contacto entre os jovens mas também para pressionar os nossos filhos…

Nas palavras de Nora Fraisse, este livro foi escrito para te prestar homenagem, para te falar da nostalgia que sinto perante um futuro que não vais partilhar comigo, connosco. Escrevo este livro para que cada pessoa retire lições da tua morte. Para que os pais evitem que os seus filhos se tornem vítimas, como tu, ou agressores, como aqueles que te levaram ao desespero. Para que as direções das escolas se esforcem por vigiar, por escutar, por estender a mão às crianças em sofrimento. Escrevo este livro para que levem a sério o problema do assédio na escola, o bullying. Escrevo este livro para que nunca mais uma criança tenha vontade de enforcar o seu telemóvel, nem de suspender a sua vida para sempre.

 

Para todos os que querem saber mais, pais, educadores ou até cidadão atentos, podem aproveitar no dia 23 de fevereiro para assistirem à Tertúlia Violência no Recreio: Diálogo sobre a Prevenção e Identificação do Bullying. E, se não puderem ir, leiam o livro, escrevam às bibliotecas locais, da escola dos vossos filhos. Podem ler a sinopse do livro no site da  Bertrand Editora.

bullying
O livro foi igualmente convertido num telefilme, cujo trailer podem espreitar:
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Qual a vossa opinião?

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