Mais um ano… O primeiro período chega ao seu auge… Começa a parte difícil, a parte chata, a parte irritante, a parte em que nem sempre se tira prazer de estar na sala de aula. Eu não me sinto muito bem nas aulas quando estou num dia mau…
E então, tocou. Devagar, muito devagar, dirijo-me para a sala. Ao entrar lembro-me que disciplina tenho nesse momento: Filosofia! Até podia achar interessante, mas nesse dia estava totalmente sem paciência, sentia-me doente, e não conseguia prestar atenção.
Decidi então dedicar-me à arte de detetive. O estojo de uma colega minha tinha desaparecido, e então que melhor para fazer senão elaborar uma teoria sobre o que se tinha passado? Era uma ótima ideia! E digo era, realmente, porque a dada altura, exatamente quando eu estava a chegar à parte dos aliens, a professora vira-se para mim e diz:
E eu reajo assim:
Eu fiquei totalmente dividido! A sério, essa foi quase totalmente a minha reação, enquanto que os meus olhos percorriam toda a sala de modo a perceber o que estava a acontecer, e os meus ouvidos a tentar perceber se alguns dos murmúrios dos meus colegas se referia à resposta. Não tive sorte, e ela lá repetiu a pergunta para eu poder responder (o que fiz). Depois continuei a minha tarefa.
A tarefa continuou na sua calma habitual, mas claro que tinha de haver algo interromper -Ó Jaime… – um sussurro de um colega meu – O que estás a fazer?
Eu is responder calminho, claro, estava quase em silêncio, mas não. Tinha de ouvir a professora a dizer -Jaime! Devias estar atento! Porque não paras de conversar?! Sempre na conversa, sempre desatento.
-Mas professora, eu estive sempre calado…
Mas obviamente que não tinha direito a dizer isso, estava a falar nesse preciso momento. E pronto, recebo uma advertência. Balanço de final de aula: papel que prova que aliens fizeram o estojo desaparecer, duas advertências, quebra na moral.
E é nesse preciso momento, nesse preciso momento, do intervalo, que me perguntam:
-Pronto para o teste?
Relatório Dia 32: Sou um banana.