Fez 71 anos em Janeiro que o Campo de Concentração de Auschwitz foi libertado e com ele os sobreviventes… Hoje, já são poucos os que sobreviveram e estão vivos para se recordar das atrocidades cometidas naquele e noutros campos de extermínio.
Porquê escolher agosto para falar deste tema? Por causa da Susan Sarandon, do Gabriel Byrne e do filme Aritmética Emocional (apesar de este ser sobre um campo em Dancy – que servia de ponte para outros piores) e de um artigo que li sobre uma sobrevivente que nasceu em Auschwitz que assumiu que tem de falar sobre o que se passou para que nada seja esquecido. Por vezes, é necessário esquecer para sobreviver e algumas vítimas tiveram de o fazer para poderem manter a sua sanidade mental. O problema é quando todo um planeta o faz. Isto dá azo a que possam crescer novos ditadores, novos monstros que possam fazer igual ou pior. Felizmente, nem todos esquecem…
Seja na Europa, na África, Ásia ou América, os mais vulneráveis são os que mais sofrem. Castas, etnias, grupo são dizimados por serem os mais frágeis da cadeia alimentar. As mulheres e crianças são violadas, espancadas e vendidas como escravos e escravas neste mundo que se diz moderno.
A única solução é a educação. Haverá vontade por parte das maiorias que o acesso seja facilitado? Provavelmente não! A solução para a solução passará pelos “governos amigos” serem pressionados pelos seus cidadãos a gerir esta situação. Podemos fazer algo? Podemos ativamente participar em abaixo-assinados, sancionar produtos que venham de determinados países, convidar outros a fazê-lo. Ajudar a não esquecer o passado, a história e tentar evitar que ela se repita.
A Europa viveu até agora a maior estabilidade e paz que alguma vez viveu. Vivemos agora numa época de medo e o medo é o melhor amigo do surgimento de movimentos pouco democráticos. Todos os seres humanos são iguais e têm o direito à Vida em plenitude. Cabe a todos nós, de alguma maneira, colaborar. Não esquecer, falar, debater, ajudar o vizinho, tomar conta da criança do lado ou chamar a polícia quando ouvimos gritos de socorro.
O efeito borboleta está sempre presente e, quem sabe, se ao auxiliar o vizinho não está a ajudar o próximo presidente da república ou o futuro cientista que descobre o caminho da alimentação sustentável?
Para quem quiser ler mais sobre sobreviventes bebés de Auschwitz, ficam aqui as ligações: