Manifesto

Um filme nada original

O que é arte? O que andamos a fazer? Queremos ser artistas, criar, originais … será que somos tão ingénuos que acreditamos mesmo conseguir alcançar uma criação antes do verbo?

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Cate Blanchett, metamorfoseada, reinventada, disfarçada, despida de qualquer estrato social ou cultural; sem qualquer afinação religiosa ou partidária; indefinido sexo ou idade; convida-nos a uma reflexão a respeita da arte. Na pitura, escultura, música, arquitetura literatura, fotografia, cinema, teatro, … se alguma vez nos deparamos com a ideia que “o meu filho era capaz de fazer melhor”, “o meu sótão não é muito diferente disto”, “ainda na semana passada deitei uma coisa parecida como isto fora”, “eu não era capaz de escrever/encenar pior do que isto”, “o som dos meus vizinhos não é muito diferente disto”… Isto é arte, isto é a verdadeira arte!

Devemos somente considerar arte o que é original, diferente ou único? Neste Manifesto somos convidados a interrogar-nos a respeito do produto oriundo de uma corrente, escola ou forma individual de criatividade de um artista construído a partir das forças conceptuais da sua existência e se esta “arte” não será roubada, cópia e nada original.

A arte repugna e agrada; dá conforto e é desconfortável; faz-nos rir e chorar; maravilha-nos e faz-nos virar o nosso olhar; aplaudir e abandonar a sala; … Arte. Tudo o que fazemos é arte, tudo o que pronunciamos é arte.

Uma oportunidade única de ver um filme / participar nesta reflexão consciente de que daqui a 100 anos alguém irá fazer uma viagem ao baú de recordações e encontrar esta obra de arte.

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