Como o prometido é devido, aqui fica a segunda parte do texto da Dora Almeida, diretamente do friozinho da Suíça! Muito obrigada à Dora que foi 6 estrelas. Não se esqueçam de seguir a Dora nos facebook, instagram e blog… Os links estão lá em baixo, depois da apresentação da Dora.
Aqui vamos espreitar os passos que a Dora deu para um mundo melhor e tentar adaptar os mesmos à nossa realidade. Boa leitura!
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Ora então, depois de explicar algumas coisinhas acerca da reciclagem na Suíça, vou remeter-me a outras mudanças diárias que nos levaram (e levam) a uma redução de um pouco de tudo daquilo que é chamado lixo (ou não).
Começamos a fazer o nosso próprio leite vegetal. Já experimentei de amêndoa, arroz integral e aveia. O de aveia é o predileto pela facilidade e pelo sabor, que foi aprovado por todos. Fácil, económico, saboroso e sempre fresquinho, pois não faço em muita quantidade de cada vez com receio de desperdício. Normalmente dá para duas garrafinhas de litro, o que é o consumo ideal para nós para cerca de 2/3 dias. Mais do que isso também já não seria aconselhável consumir.
Após nascimento da nossa segunda filha, aprofundei o assunto e aventurei-me nas fraldas reutilizáveis. Fizemos algumas paragens pois houve uma altura que quase todos os meses viajávamos e logisticamente e a nível de lavagens era impossível. Agora já estamos perto do desfralde e eventualmente estão quase prontas para fazerem as maravilhas de outros rabinhos de bebés. Com esta alteração acabamos por estender às toalhitas reutilizáveis aproveitadas de lençóis de flanela e alguns turcos da minha mãe já sem uso. Estas toalhitas não só dão para o rabinho como para limpar os narizinhos de quem se quiser assoar. Principalmente para as crianças para não ferir o nariz.
Começamos a utilizar guardanapos de pano, como antigamente ….e que belo que é. Quero aumentar o stock e por isso já ando a indagar pela família a ver quem arranja mais trapinhos antigos para o efeito.
Comecei a dar uso a todos os frascos de vidro que vinha acumulando. (Eu sabia que não seriam só para as compotas caseiras fazia que me iriam dar jeito). Guardo as leguminosas, as sementes, os figos secos… tudo o que venha à mão. Não só ficam os alimentos melhor organizados, como a nível de conservação é bem mais fiável e satisfatório.
Mais difícil, mas a conseguir cada vez mais, é a compra de alimentos sem plástico. Infelizmente nem nos legumes e frutas isto é fácil de encontrar. Não sei se é generalizado, mas aqui não é fácil. Tenho optado sempre que posso pelos que não estão enclausurados em plástico. Alguns, pelos quais prefiro optar pelo facto de serem biológicos, estão em plásticos em detrimento dos outros, o que me torna a tarefa sempre árdua. Opto por ir revezando. Há alimentos que simplesmente não estão à venda aqui sem plástico e que consumimos muito, como é o exemplo dos mirtilos e tomates-cherry. Quanto às sementes e leguminosas já existem alguns locais onde é possível comprar a granel e abriu aqui próximo uma loja que estou ansiosa para visitar.
Todos estes plásticos que vêm nos alimentos, principalmente os duros, aproveito-os para cestos de batatas, alhos ou cebolas e para fazer trabalhos manuais com as minhas filhas. Há sempre qualquer coisa que podemos fazer. Não com tudo, mas com boa parte.
Apesar de poderem ser recicladas mas tentando reduzir esta quantidade, por vezes tentamos aproveitas as cápsulas para trabalhos manuais. Da última vez fizemos uns sininhos de Natal para o calendário do advento na escola da minha filha!
Numa semana normal dentro da nossa rotina quotidiana, não `pegamos` no carro uma única vez. Temos sorte pois tudo está ao nosso alcance. Creches, supermercados e serviços. Isso faz com que me sinta não só gratificada pela proximidade de tudo, como também pela redução da nossa pegada neste âmbito.
Comecei ainda a levar a minha própria caneca de café para a rua em vez de comprar e receber um copo descartável e reutilizo todos os dias o saco que retirei uma vez para o pão. Já está muito gasto e a ideia é mesmo essa.
A garrafa de água já anda sempre comigo.
Muitos mais exemplos com certeza poderia partilhar, mas estes são de facto os que mais me marcam e me vieram à cabeça aquando desafio para escrever esta publicação. De qualquer das formas, mais importante para mim que todas estas mudanças de hábitos mais sustentáveis que possa partilhar, é percebermos que “inspiramos” os nosso filhos a seguir as mesmas pegadas. Pelos comentários que vão tendo e ações que já começam a tomar. Esta é a verdadeira mudança. Pois fará parte do futuro!
O meu nome é Dora. Sou mãe de duas meninas que são a minha maior inspiração e onde vou buscar grande parte das minhas aprendizagens. A melhor forma de me caracterizar é a minha paixão por viajar e por tudo o que é a essência humana e do mundo.
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Obrigada pela partilha 🙂