Tive uma professora de literatura que me apresentou Margaret Atwood no milénio passado e, desde então, fiquei fã. Escreve bem, escreve vários estilos e nunca deixa de surpreender. Surge agora, o seu mais recente livro O Coração é o Último a Morrer e não consegui deixar de partilhar convosco.
Não é literatura fácil mas lê-se bem e com vontade e, acima de tudo, faz-nos refletir. Quem já leu?
Charmaine e Stan estão desesperados: sobrevivem de pequenos trabalhos menores e vivem no carro. Portanto, quando veem um anúncio a Consiliência, uma «experiência social» que oferece empregos estáveis e casa própria, inscrevem-se imediatamente. A única coisa que têm de fazer em troca é ceder a sua liberdade mês sim, mês não, trocando a sua casa por uma cela da prisão. Não tarda, porém, que Stan e Charmaine, sem o saberem um do outro, comecem a desenvolver obsessões apaixonadas pelos seus «Alternantes», o casal que ocupa a sua casa quando estão na prisão. E assim mergulham num pesadelo de desconfiança, culpa e desejo.