O Pintassilgo ou a apologia do Sofrimento

pintassilgo

O Pintassilgo é um excelente filme, não se assustem com o sofrimento. Ainda não li a obra de Donna Tartt, mas parece-me que vale muito a pena.

O filme está belíssimo. O enquadramento, os pormenores, a história merece um óscar. Os atores escolhidos, um elenco de actores muito jovens e muito bons, merece um aplauso.

Finn Wolfhard, Sarah Paulson, Aneurin Barnard, Nicole Kidman, Jeffrey Wright são apenas algumas das estrelas que podemos ver no filme. E depois há a personagem principal Theodore Decker, representado por Ansel Elgort como adulto e Oakes Fegley como jovem adolescente.

Theodore Decker sobrevive a um ataque terrorista num museu, onde perde a sua mãe. É acolhido por uma família que se apaixona por ele, mas tem que ir embora com o seu pai para o fim do mundo em Las Vegas.

O Pintassilgo é um quadro que sobrevive ao atentado e que é levado, escondido por Theo. Representa a figura da mãe, o momento da perda, a solidão. Seja o que for que representa, é a figura central deste drama.

Porquê a apologia do sofrimento? Durante todo o filme, são tantas as personagens obrigadas a lidar com o sofrimento, com a perda, com a própria solidão.

Este filme é uma pequena obra de arte. A ligação entre a banda sonora minimalista, os silêncios é de uma mestria fora de série. A construção das várias personagens, a forma como se entretecem é sublime. Pessoas que parecem ser árvores solitárias no meio de uma floresta e que assim continuam até encontrarem finalmente o seu lugar.

Se têm dúvidas se devem ir ver o filme, vão. Não tem cenas de acção, cenas de sexo, comédia desmedida (embora tenha um humor bastante inteligente). Tem um história, uma boa história, uma excelente história e isso é mais do que o suficiente.

Se quiserem ler o livro, espreitem na Bertrand. Se tiverem tempo, aqui estão outros filmes de que gostei.

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