Adoro policiais, livros de mistério, suspense… aliás quase todos os géneros, mas associo os policiais a dias de sol. Talvez porque as noites de leitura possam ser mais longas, talvez porque no verão parece tudo menos assustador, provavelmente porque me parece que tenho mais tempo para ler! E esta Páscoa esteve tempo para isso.
Recentemente, recebi Oferenda à Tempestade de Dolores Redondo, pela Editora Pergaminho, num passatempo da Destante e não consegui esperar pelos outros dois anteriores, como fui sabiamente aconselhada pela blogger literária Odete Silva. Comecei a ler, detestei o início e quase desisti. Livros que tenham infanticídios provocam-me um certo mal-estar e este começa por aí embora seja muito mais profundo e não tão linear assim.
Ultrapassado o meu nojo, não consegui parar de ler. As noites alongaram-se até à 1, 2 das manhã… Os filhos não perdoam e as horas de acordar eram iguais… Mas tive mesmo de acabar de o ler ou não dormiria nos próximos tempos! Amaia Salazar e todo o seu enquadramento familiar dão um tom diferente ao tipo de policial que estou habituada bem como a temática deste. O misticismo subjacente que se confronta com a realidade moderna, o peso do amor, paixão e amizade tudo faz com que esta obra seja tão absorvente, mesmo sem ter lido os outros dois volumes anteriores.
Seguimos as pegadas de Amaia e a sua equipa em bicos de pés, por vezes, concluímos mais rapidamente que a própria detective e ficamos parados sustendo a respiração, desejando segredar-lhe ao ouvido o que nos parece óbvio. Mas não nos aborrecemos ou achamos que é demasiado fácil. É um livro complexo, cheio de histórias dentro de histórias, com passos atrás e pulos em frente mas muito coerente e imaginativo.
Já comprei o primeiro e comprarei o segundo assim que encontrar uma boa promoção. Se alguém souber, avise, por favor!
Boas leituras!
O TERCEIRO e último livro de uma série diferente, onde o imaginário e a mitologia se entrecruzam na vida real. Entre a realidade e o esotérico, entre o mito e a verdade, um romance poderoso. A autora tem uma escrita poderosa, que agarra o leitor desde as primeiras páginas. Um sucesso editorial comparável ao de A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón.