A adaptação da obra de Luz Gabás toca num tema que nos é muito próximo: a descolonização de uma África amada e, ao mesmo tempo, roubada.
O filme é lindíssimo, quer em termos de história, a forma como é narrada e a imagética é forte e só falta conseguirmos cheirar a Guiné Equatorial. Depois temos os lados menos bons, a violência, o racismo, o machismo. Os actores são excelentes e a mistura da história entre o passado e o presente está muito bem feita. A história de amor proibido é o motor mas não é o mais importante, é apenas uma parte de toda uma narrativa.
Adorei Julia, na foto aqui em baixo, que encarna a mudança possível na altura e imagino que as minhas tias terão vivido algo semelhante nesta altura, em que tudo era possível mas pouco era permitido!
Na minha opinião é um filme obrigatório! Dura quase três horas mas prometo que não dão conta.
Aqui têm a sinopse, retirada do site Cine Fiesta:
A descoberta acidental de uma carta há muito perdida, leva Clarence a viajar desde as montanhas de Huesca até Bioko, em África, para visitar a terra onde o seu pai Jacobo e o tio Killan passaram a maior parte das suas juventudes – a ilha de Fernando Pó.
No coração de um território tão exuberante e sedutor como perigoso, Clarence desenterra os segredos de uma história de amor proibido, enquadrada por turbulentos fatores históricos cujas consequências ainda se fazem sentir no presente.
PALMEIRAS NA NEVE é um épico romance com realização do espanhol Fernando González Molina (Paixão Sem Limites) e que conta ainda com a participação de Adriana Ugarte (Julieta), Mario Casas (Os 33), Daniel Grao (Os Olhos De Julia) e Alain Hernández (The Promisse) no seu elenco.
Nomeado para 5 Prémios Goya 2016 e vencedor nas categorias de Melhor Direção Artística e da Melhor Canção Original.