Agosto, depois do recente bafo de verão nos ter entrado pelas janelas, finalmente, as férias estão à porta. É altura de viver mil e uma aventuras até nos encontrarmos ainda mais exaustos e extenuados que anteriormente e dignos de umas verdadeiras férias das férias. Visitamos a família, viajamos, passeamos, experimentamos, exploramos, realizamos, temos a audácia de … bem, mil e uma aventuras. No final fica-nos: umas férias, um passeio especial, um enorme cansaço e … algumas aventuras.
“O que aconteceu às restantes aventuras?”
Estas encontram-se nas dezenas de páginas que completamos este verão; estas poderemos encontrar e recordar em qualquer altura no nosso passaporte de férias em família. Um passaporte com “validade” até à última página e com um destinatário muito especial “para ser lido pelo neto … dele(a)”.
Depois das primeiras três páginas (dedicatória, nome e descrição, autorretrato) o resto são páginas (des)organizadas por rúbricas e lembranças: listas de compras, de campeões (condecorados), nomes de terras engraçadas, do melhor (clube, rio, praia…);talão Hard Rock Café Paris; bilhete Angry Birds – o Filme; entrada Aquashow Park; palavras e expressões estrangeiras, matriculas (jogo do 24); desenhos; recortes (de uma época há sensivelmente 100 anos) e todo o resto. Passaporte da nossa letra sentados, deitados, estatelados, em movimento, a baloiçar, ao acordar ou sem molharmos (ainda mais) o passaporte. Mesmo sendo este o ano do desporto, qualquer altura é uma boa altura para mais tarde lembrar e testemunhar.
“O que é necessário para esta fantástica aventura em família?”
Pais e filho(a) vão às compras, cada um escolhe o seu bloco (Fnac, Bertrand,Staples), um conjunto de canetas, tesoura, fita-cola e cola Stick. O resultado final são passaportes com algumas folhas encarquilhadas do último passeio de barco, sedosas da areia branca, perfumadas das pétalas que marcavam as páginas ou da nossa fragrância de verão, estampadas, manchadas, rasgadas, coladas, áspera, repletas de experiencias memoráveis e lembranças selecionadas, recortadas e coladas: a melhor prenda que o nosso bisneto poderia ter e, sabe-se lá, uma tradição a retomar daqui a 100 anos.