Há quem suje, há quem se preocupe e há os que põe em prática os planos para um mundo melhor. A Inês viu um problema e procurou uma solução. Daí surgiu o Movimento #sempalhinhas.
A Inês vai apresentar o projeto que convido a todos a seguir 💟
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Quando há 5 meses me reuni com o meu amigo Hugo, sentia em mim uma necessidade urgente em fazer mais. Naquela tarde de chá, depois de falarmos sobre o assunto, decidimos mesmo avançar com a iniciativa. A missão era e continua a ser a de sensibilizar todos para o impacto que as palhinhas de plástico têm no meio ambiente, inspirando-os a usar palhinha apenas quando essencial e a fazer a transição para palhinhas mais amigas do ambiente (reutilizáveis: inox, bambu ou vidro; ou descartáveis: comestíveis, papel ou trigo).
Já há muito anos que tento minimizar o meu impacto ambiental e que conscientemente ajo para ser mais ecológica no meu dia-a-dia. Adoptar um estilo de vida sempre mais ecológico e conciliar esta nova forma de estar com os outros e com o Mundo tem sido uma aprendizagem constante, nem sempre simples. Felizmente há cada vez mais pessoas e iniciativas a despertar para todas estas questões e desafios ambientais. Até porque os seus efeitos começam a tornar-se demasiadamente óbvios para serem ignorados: infelizmente, todas as semanas têm surgido novos incidentes, alvos de notícia em todo o lado, sobre os nossos oceanos cheios de plástico e os eventos climáticos insólitos em várias partes do globo.
No mundo sobrepovoado em que vivemos (já ultrapassámos os 7.6 mil milhões de habitantes (ONU News, 2017)), encontramo-nos numa Era em que, mais do que nunca, todos os gestos contam. Pequenos ou grandes, são todos essenciais. A meu ver, as palhinhas são um pequeno (embora fundamental) passo inicial. Para a grande maioria das pessoas, deixar de usar palhinha de plástico é uma mudança de hábito simples e fácil que poderá servir de inspiração para outros passos rumo a uma vida quase sem plásticos e de reflexão: será que preciso mesmo de usar\comprar tanto? Só na UE28, estimativas apontam para um consumo anual de 36.4 biliões de palhinhas (Seas at risk, 2017). Já vi bares e restaurantes em Portugal que têm por hábito servir 2 palhinhas em cada bebida… quando tal acontece, pergunto-me sempre: como é que tal ainda é possível ou mesmo prática comum em alguns estabelecimentos?
Amo o Planeta e tenho um profundo respeito por todos os seres que nele habitam. Cuidar do Planeta e dos Oceanos é cuidar também da Humanidade. A Terra é a nossa Casa. Acredito na Mudança. Reduzir o uso e deixar de usar palhinhas de plástico são pequenos gestos que fazem toda a diferença. Não só ajudam a minimizar a quantidade de plástico que todos os anos acaba nos Oceanos (e os seus efeitos nefastos na vida marinha durante séculos) e aterros, como também reduzem a sua pegada de carbono (a produção e transporte de qualquer palhinha envolve a emissão de gases de efeito de estufa, contribuindo para o aquecimento global do planeta e agravando as alterações climáticas (NASA,n.d.)).
Pelo Bem do Planeta, não use palhinhas de plástico e opte por opções alternativas amigas do ambiente apenas quando essencial! Saiba mais em: https://souporummundoideal.wixsite.com/sempalhinhas
https://www.facebook.com/movimentosempalhinhas/
https://www.instagram.com/movimento_sem_palhinhas/
Desejos de umas excelentes férias ecológicas,
Inês (Fundadora do Movimento #sempalhinhas)
Ps: Desejo agradecer imensamente à Sílvia e ao blog O Dia da Liberdade pela simpatia e oportunidade de colaboração. Desejos de muitas felicidades e sucessos!
Referências:
ONU. 2017. População mundial atingiu 7,6 bilhões de habitantes. https://news.un.org/pt/story/2017/06/1589091-populacao-mundial-atingiu-76-bilhoes-de-habitantes Último acesso: 13.08.18
Seas At Risk. 2017. Single-Use Plastics and the Marine Environment
NASA. n.d. Scientific consensus: Earth’s climate is warming. https://climate.nasa.gov/scientific-consensus/#* Último acesso: 13.08.2018