Ainda há pouco tempo, ao tentar explicar a um jovem curioso, que me inquiriu “Porque perseguiram os judeus?”, relembrei que não só os judeus tinham sido visados pela Alemanha nazi, mas também polacos, ingleses, belgas, russos, homossexuais, padres, pessoas portadoras de deficiência, … e alemães.
“Sozinhos em Berlim” baseando-se numa história verídica, refere-se a pessoas que, apesar de não representarem uma significante parte das vítimas, nem uma maioria silenciosa, fazem parte de uma minoria corajosa que, em tempos conturbados se vêm perante a difícil decisão de cometer atos heróicos ou acatar. Na sua singular ação representam a voz da humanidade no meio de horrores, a voz que optou por não quer compactuar com um regime, mesmo quando para tal têm de por a sua própria vida em risco.
Como não poderia deixar de ser, o leque de atores é irrepreensível bem como a sua atuação. Brendan Gleeson, que nos surpreende de filme para filme, apresentou-se como um cidadão normal, com receios normais mas uma coragem fora da norma. Emma Thompson, a voz da consciência, como sempre aparece a encarnar a mãe de coração partido, com medos e impecável como nos habituou.
Este é um filme tão bom como os melhores thrillers histórico-policiais que nos prendem até à última página/cena. Mas, não vão ao engano, preparem-se para um filme muito forte e baseado numa história verídica!
Não conhecia mas parece-me ser uma ótima sugestão.