Consciente do grande esforço que está a ser feito para tornar as cidades mais verdes, devolver a cidade às pessoas (em vez de as entregar aos carros), tornar a vida numa cidade também possível, atualmente o deslumbre de correr ou andar de bicicleta ao lado de uma artéria abundante em buzinadelas e gases poluentes ainda não me agrada. Contudo, habitantes do século XXI, alegrem-se, com a existência de espaços verdes cada vez maiores, pensados em passeios e atividade física e com percursos resguardados do som poluente, algo está a mudar no reino da Lusitânia.
Este ano, sem abandonar por completo as duas rodas, decidimos experimentar a corrida e/ou caminhada. Aceitamos o desafio de Run Is a Gift e embarcamos no propósito de realizar 1000 kms a correr/andar e exercitar pelo menos 100 dias em 2017. Enquanto jovens fomos todos atletas amadores “de alta competição”: em alguma altura da nossa vida já tivemos de competir, fomos convocados e/ou praticamos um desporto escolar ou federado. Agora adultos vamos mostrar aos nossos filhos, sobrinhos ou afilhados como, pelas nossas ações, podemos tomar um compromisso de uma vida ativa e saudável ao mesmo tempo que nos divertimos.
O que descobrimos foi que, moda ou não, a verdade é que a corrida está aí e tem cada vez mais adeptos. Existem corridas para todos os gostos, distâncias, percursos e qualquer razão apresenta-se como um boa razão para correr. Seja para correr com os Campeões, plantar uma Árvore, atravessar o Aqueduto, percorrer as areias da Costa da Caparica, contribuir por uma boa causa como, por exemplo, os diversos treinos solidários daRUNning; as corridas Contra a Fome, ReFOOD, Solidariedade ISCPSI/APAV,Saúde + Solidária, Pirilampo Mágico, Liga Portuguesa contra o Cancro,Salesianos, Sagrada Família ou da Amorama – Associação de Pais e Amigos de Deficientes Profundos.
Participar também significa ter o privilégio de pisar o Estádio de Honra, “Estádio Nacional”; a situação única de atravessar a Ponte 25 de Abril, a Ponte Vasco da Gama ou percorrer a Serra de Sintra até ao fim da Europa (uma das mais emblemáticas provas a nível mundial e das mais bonitas da Europa); a maravilha de “passear” a Marginal de uma ponta à outra (Rock ‘n’ Roll 2017) ou por partes (Lisboa, Algés, Jamor, Belém, Tejo, da Linha de Cascais e Cascais), a Marginal à noite, e explorar o Oriente de dia ou de noite (Corrida das Nações). Qualquer desculpa é uma boa desculpa para participar, nem que seja pelo S. Silvestre, S. Valentim ou S. António.
A prática desportiva, marchas ou corridas sem carácter competitivo pela diversão ajuda na concretização de objetivos individuais ou solidários. Sozinho ou com alguns amigos, para quem necessita de algumas dicas “sobre tudo o que gostaria de saber a respeito da corrida” sugerimos a RunnersWorld e a RunnersMagazine, ambas made in Portugal e com grande qualidade.
Para quem ainda está no início e queira ter uma ideia quantas pessoas se podem juntar semanalmente com o propósito de caminhar/correr, podem explorar as páginas das Tartarugas Solidárias, Decathlon Amadora, Corrida Noturna Parque das Nações, Sintra Portela Running ou Correr Lisboa (Cidade Universitária de Lisboa, Odivelas, Alta de Lisboa ou Parque das Nações).