Crónicas de André e Vicente – Opinião

Crónicas de André e Vicente

Crónicas de André e VicenteQuando o J. tinha 6 anos fizemos uma maratona a ler Artur e os Minimeus. Fiquei fã daquele livro infanto-juvenil. Passados quase 10 anos encontrei duas obras que se encontram à altura. Espero agora poder lê-la aos mais novos… embora o N. já não seja fã que a mãe lhe leia. As crianças crescem num instante!

Voltando às Crónicas de André e Vicente, O Bosque dos Murmúrios e A Cidade das Brumas, o primeiro é uma aventura maravilhosa, onde nos são apresentados dois jovens com capacidades especiais que tem um novo mundo para salvar. André e Vicente têm de salvar a floresta de um terrível incêndio, causado pelo Senhor das Trevas e sua irmã Rubra, protegendo os feéricos.

O segundo, já com as personagens bem definidas e familiares, leva-nos até um mundo mitológico bem construído e que já conhecia do primeiro livro, contém ainda mais aventuras e ameaças sorrateiras. É engraçada a familiaridade como começamos a conhecer André e Vicente e as suas personalidades diferentes. Para além disso, conhecemos a Cidade, os seus habitantes e as mães de André e Vicente, que são uma verdadeira força da natureza.

Ambos os livros são ótimas obras de aventura infanto-juvenil, mas não apenas para este público. Como fã de Victoria Plum, aqueles feéricos apaixonaram-me e adoraria saber mais sobre a vida deles e os trabalhos que eles efetuam. Entretanto, irei partilhar esta leitura com os meus meninos, que irão apreciar muito, com toda a certeza!

Crónicas de André e Vicente  – O Bosque dos Murmúrios

“E assim os dias foram-se escoando para o André, até aquela bendita noite em que já se lhe tinham acabado as últimas nozes que tinha encontrado, dos víveres que tinha trazido, já nada restava, e até as pederneiras para fazer a fogueira desapareceram sem ele saber como nem porquê… e agora ali estava ele, noite serrada, enrolado no cobertor com as costas encostadas ao tronco de uma árvore, a barriga aos roncos e a tiritar de frio.
Uma lástima!
E nem um miserável vislumbre do que quer que se assemelhasse a um feérico… Era mesmo falta de sorte…”

Crónicas de André e Vicente  – A cidade das brumas

“- Mas… Mas… Ultrapassaram uma magia do Ulmeiro, e isso desde… – O Mensageiro estava quase sem palavras olhando de um para o outro jovem sem acreditar naquilo que estava a ouvir.
– Eramos muito jovens, ainda uns miúdos a primeira vez que demos com as Ruinas. – Acabou por confessar o André, mirando a mãe por baixo das pestanas. – Mas tivemos sempre o maior cuidado todas as vezes que lá fomos, assim como vamos ter desta vez! – Apressou-se a afirmar levantando o queixo e endireitando as costas.
– Têm de concordar que é o lugar perfeito para os feéricos ficarem em segurança e protegidos. – Vincou o Vicente enfrentando a mãe e o Mensageiro, como que pedindo compreensão.
– Concordo, concordo! Esse é com efeito um excelente local para ficarem em segurança. – O Mensageiro pôs a cabeça nas mãos. – Esta viagem vai dar conta de mim! – Lamentou-se por último.”

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