Com somente metade de expressão conhecida do General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna (“Sepultar os mortos, cuidar dos vivos”), adaptação cinematográfica de Katell Quillévéré de mais uma obra de Maylis de Kerangal (“Corniche Kennedy” por Dominique Cabrera e “Naissance d’un pont” por Julie Gavras) apresenta em ecrã o conceito de viver e a vida para além da morte.
Jovens destemidos que não pretendem chegar a adultos sem terem experimentado e passado pelas mais insólitas experiências de perigo e adultos a quem lhes foi proporcionado uma vida rica em experiências de felicidade. Ambos, experientes em adrenalina, fraturas, sorrisos, tristezas, angústias e alegrias vão se cruzar num momento de vida ou morte que pode também significar uma vida para além da morte.
Entre a difícil decisão de aceitar a morte do seu filho e permitir a doação de órgãos deste, os pais de Simon (jovem de 18 anos diagnosticado com morte cerebral) confrontam-se, ao mesmo tempo, com dois dos mais caros e temerosos conceitos da humanidade: vida e morte.
Carregado de simbolismo, assuntos caros para todos e mensagens para todas as idades, este é um filme para ver e rever com muita atenção.