Life without cheats

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Acordo de manhã, saio da cama (sendo que a palavra correta é cair, vivo numa daquelas camas altas e divertidas que têm degraus que não se mostram no escuro da madrugada, e portanto é mais correta a expressão caio da cama). Dirijo-me à cozinha, como o pequeno almoço… e com alegria vejo a surpresa preparada para mim.

A agradável surpresa que me espera e enche de alegria é que são quase horas de ir para a escola, afinal quem não adora um dia de aulas desgastante e cansativo? Pronto, lá me despacho, vou fazer a minha higiene matinal, pego na minha mochila e saio de casa, pronto para as aulas…

Mais um dia de escola, onde posso perceber pela primeira vez que realmente a minha vida não tem direito àquilo que os gamers muito carinhosamente chamam de cheats. Não, na minha vida não há espaço para isso. Então passo um dia fantástico sem ajudas a não ser de amigos, claro.

Mas não há mais facilidades para a minha vida, que continua após um almoço (preparado com amor e carinho pelos meus pais claro) relaxante, e começo com o estudo, muito divertido. Realmente divertido é perceber que nem os cadernos de estudo me conseguem ajudar. Por mais que eu insista, nenhum faz como os professores dizem, afinal nem uma palavra de apoio é soltada por eles, nem um simples murmúrio. Claro, nem eles me facilitam a vida.

Para variar, o meu telemóvel acaba por ficar sem bateria, mais uma melhoria. Continua a boa vida. Para variar, após uma pausa para o lanche (onde descubro o passado na frase anterior) volto aos estudos, terna melancolia que me abraça e me concede sabedoria? Com toda a certeza. No 10º começa-se a aprender saber de muita qualidade.

Após uma pequena horinha a refutar teorias da natureza através da interrogação contínua em relação aos mais variados assuntos, vou jantar, mais um tempinho de pausa a ver televisão, preparo os sacos para o dia a seguir e vou-me deitar. É aqui a última humilhação dessas 24 horas: passo uma noite sã, é tão bom descansar… Mas o relógio prega-me uma partida…

“VOU ENTRAR DAQUI A POUCO!”  ouve-se este grunhido muito regularmente na zona de Lisboa.

E então eu caio da cama…

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