27 de janeiro é o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, para nos lembrarmos que, em 1945, foram libertados os sobreviventes do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas.
Estes campos existiram porque mais de uma nação, um planeta se recusaram a admitir a sua existência e o seu propósito. Hoje, vemos um acordar de novas tendências anti-democráticas e espero que não fechemos os nossos olhos, a bem do futuro de todos nós, mas principalmente, dos nossos filhos.
Ontem, quando ouvia os discurso de Maduros e de Trump, assustei-me pois vi o renascer de líderes anti-democráticos. É verdade que Trump foi eleito e é presidente em pleno direito, mas um presidente que faz ameaças quando não consegue levar o seu plano adiante, como a construção do dito muro, preocupa-me muito.
Sabendo que os americanos têm problemas de imigração diferentes dos nossos, considero que um muro não é a solução. Não foi a solução na Alemanha, não é a solução em Israel e não me parece que seja a solução para os EUA.
Pior do que o Muro é um presidente que ameaça o seu próprio povo com um shutdown, até que surja o dinheiro para ele poder construir o seu muro. Não terá ele grandes cérebros na equipa para tentar encontrar soluções mais humanas?
Temos um planeta com imensos problemas, ecológicos, alimentares, políticos. Encontrar a solução pacífica para todos eles é extremamente difícil. No entanto, fecharmos os olhos para o que nos rodeia, não torna o mundo mais cor de rosa, nem previne que o que aconteceu no passado, não venha a acontecer no futuro.
Os -ismos, as extremidades políticas, a falta de humanismo (sendo este o verdadeiro -ismo e o único que vale a pena), conduz-nos mais ainda à beira do precipício. O consumo moderado e pensado, os movimentos de cidadãos em defesa dos que mais precisam, o abandonar das ideologias políticas para as ideologias que se preocupam com a humanidade são caminhos muito complicados mas possíveis e necessários.
Se todos os países tivessem Marcelos Rebelo de Sousa como presidentes, acredito que o mundo seria muito melhor. Pelo menos, seria mais humano. Agora, não nos imiscuindo da política estrangeira, podemos pelo menos desejar eleições reais a todos os países e, já agora, crescimento económico e humano real, para que a Venezuela sare sem abrir mais feridas, que o México consiga encontrar maneira de reter os seus cidadãos, sem sofrimento acrescido, que a Europa consiga ajudar os refugiados que procuram uma vida melhor e que os países de origem sejam recuperados para que todos possam regressar sem medo, quando puderem.
Se não tivermos esperança, o que nos resta?