O livro da selva

Se não têm programa este fim de semana, aqui fica a sugestão. O Livro da Selva está muito bonito em termos de imagem. Os animais são de uma perfeição incrível e de uma humanidade muito realista. Tão realista que tenho receio que algumas crianças que vejam um urso pardo vão a correr para ele só para lhe dar um abraço.
Se foram escuteiros, esta história diz-nos mais que uma simples história de encantar. Todas as personagens são nos muito queridas: Akela, Baguera e Balu contra os temíveis Ka, Rei Lu e Shere Khan. Mesmo que não tenham sido escuteiros, em algum ponto da vida se terão cruzado com Mogli e o imaginário do bom selvagem criado por animais (tão na berra no século XIX) e sofreram por ele.
A realidade de ter vermos uma criança no meio de todos os animais selvagens vale pelo filme. Se os filhotes forem impressionáveis poderão ter algum medo pois os vilões são realmente grandes e fortes. O filme está bem construído, com momentos de grande meiguice, e o Mogli não é propriamente uma criancinha indefesa mas um bom exemplo da chama humana que, através da criatividade, consegue ultrapassar as barreiras impostas por um corpo frágil e desajeitado. São visíveis, no filme, os arranhões, as nódoas negras, as cicatrizes que seriam normais numa criança sem roupa no meio da selva, mas sem ter um ar assustador.
Levem os filhos ao cinema e divirtam-se! As mamãs mais sensíveis, levem lenços de papel – há uma ou duas cenas com apelo ao pingo! Bom filme.

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