Gosto de filmes baseados em factos verídicos, nem tudo é a verdade e toda a verdade, mas há sempre algo a aprender ou outro ângulo de visão. É o que acontece com este filme. Para já, é um ângulo da história que já estava esquecido mas um momento importante em termos de movimentos terroristas na Europa.
José Padilha realizou uma verdadeira obra de arte, baseada em factos verídicos. O uso da dança, da música, das armas, dos soldados, de forma meticulosa, articula uma mensagem muito forte que o espectador não esquecerá tão rapidamente.
A história da luta Israel/ Palestina tem sido uma constante no último século e, por vezes, ultrapassa as fronteiras. Foi o que aconteceu neste caso, em que um avião foi desviado por apoiantes pró-palestina, no caso particular, alemães para o Uganda. No meio de um movimento humanista, acabam por se cometer erros que custam a vida de inocentes.
Daniel Brühl e Rosamund Pike são excelentes. Pike prova que de esposa fofinha se consegue transformar numa terrorista super-excitada, a anfetaminas. No entanto, é um filme em que não são os protagonistas as estrelas principais mas sim a narrativa, muito bem trabalhada, muito bem cuidada que prende o espectador ao filme até aos créditos. Não querendo ser spoiler, a dança e as cenas finais estão muito, muito bem.
Também aqui surgirão novas e interessantes pistas sobre a história e mais uma vez José Padilha faz um excelente trabalho a contar uma história, com teias bem tecidas. Por favor, vejam até ao fim e, caso não conheçam os nomes dos personagens como Perez, Rabin, pesquisem…
Numa época em que somos bombardeados por ataques terroristas, é importante lembrarmo-nos que o diálogo também é necessário. Só não sabemos quando será a hora certa para esse diálogo. Espreitem o trailer e fiquem tentados:
