Tesouros de Verão – o pequeno caderno de recuerdos

Tesouros de Verão

o pequeno caderno de recuerdos

Andar na estrada com crianças ao longo de muitos quilómetros é sinónimo de repetidos “Já chegamos?” (apesar de ainda estarmos em andamento), “Ainda falta muito?” (depois de termos explicado que ainda nem metade da viagem fizemos), “Quero fazer xixi!” (cinco minutos depois da última paragem) … Tão essencial como gasolina para o carro são as mochilas individuais de viagem (brinquedo, peluche, caderno, livros, canetas), a compilação de grandes êxitos para acompanhar por todos (o mais desafinado possível), atividades de viagem(histórias toponímicas; bingo de carros/carro amarelo; jogo do 24; o que [não] chamar ao meu estabelecimento; terras … e o que chamar aos seus habitantes?); jogo do STOP; e o caderninho “tesouros de verão” com colagens/recordações dos locais visitados e o registo das diferentes atividades.

Na nossa última “saída” (2777km) a mãe foi a grande vencedora no jogo bingo de carros/carro amarelo; tivemos possibilidade de registar algumas dos dísticos internacionais com que nos cruzamos; matriculas para o jogo do 24; recolher folhetos,mapas e bilhetes dos locais visitados; a par dos dois grandes clássicos “O que [não] chamar ao meu estabelecimento” e “Terras … e o que chamar aos seus habitantes?”.

O que [não] chamar ao meu estabelecimento

A par do seu nome e idade, uma pergunta com que muitas das crianças são confrontadas quando são apresentadas a alguém é “O que queres ser quando fores grande?”. Pobres seres indefesos, nem ¼ das profissões existentes conhecem escolhem com alguma convicção “Veterinário!”, “Professor!”, “Futebolista!”, “Cowboy!” … Associada a esta questão deveria encontrar-se o nome pretendido para o seu negócio/empresa. No âmbito de exploração de mercado do que já existe no mercado desenvolvemos a atividade “O que [não] chamar ao meu estabelecimento”, isto é, não deixar escapar, ao longo do nosso percurso, os nomes mais originais já escolhidos por outros. O resultado? Verifiquem alguns dos nomes que mais nos chamaram à atenção e adivinhem/espreitem:

“Maçaricos” (1), ”Venda das Raparigas” (2), “O Bigodes” (3), “Kasa Blanka” (4), “Vida Doce” (5), “Gás Pro Carro” (6), “Mundo das Lamentações” (7), “Caracol” (8), “Come e Leva” (9), “O Cantinho” (10), “Aroma do Campo” (11), “3 Senhoras” (12)

(1) serralheiros, (2) restaurante, (3) restaurante, (4) discoteca, (5) pastelaria, (6) estação de serviço, (7) café, (8) restaurante, (9) restaurante, (10) Produtos agrícolas e animais, (11) frutaria

Terras … e o que chamar aos seus habitantes?

Acreditamos que atribuir um nome a uma localidade, rua ou mesmo praça não é uma tarefa fácil. A par da (titanesca) dificuldade que é reunir o consenso de todos há também a justificação & inspiração do nome a atribuir. Passamos por localidades que organizaram o seu espaço por números (rua 1, rua 2, rua 3), escritores (Rua Fernando Pessoa, Rua Álvaro de Campos, Rua Ricardo Reis, Rua Alberto Caeiro Rua Bernardo Soares) capitais europeias (Rua de Berlim, Rua de Luxemburgo, Rua de Paris, Rua de Londres) ou países (Rua de Angola, Rua de Moçambique, Rua do Brasil, Rua de Timor) … No que diz respeita às localidades, para facilitar um bocado este processo, os nomes toponímicos encontram-se habitualmente associados a histórias ou lendas. Quão José Hermano Saraiva, ao longo do nosso percurso questionamo-nos “Qual é a história desta localidade?” e “O que chamar aos seus habitantes?. Façam vocês mesmo estas duas questões com as nossas últimas descobertas;

“Sobralinho”, “Cheganças”, “Vale das Éguas”, “Venda das Raparigas”, “Casal Mil Homens”, “Broeiras”, “Carromeu”, “Palhaça”, “Mamaparla”, “Vale de Cavalos”, “Cabide”, “Muge” …

 
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