Onde se encontravam na noite de 24 para 25 de abril 2017 à hora em que João Paulo Dinis nos estúdios da Rádio Alfabeta passava a senha ”Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho (22h55m) e posteriormente Manuel Tomás no programa Limite da Rádio Renascença passava “Grândola, Vila Morena” de José Afonso (00h20m) ao mesmo tempo que lia a primeira quadra da música:
“Grândola, vila morena
Terra da fraternidade,
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade”
A participar nas festividades em Loures no Pavilhão Paz e Amizadecom os Trovante com músicas intemporais e um público que (re)viveu e acompanhou todas as músicas da banda até ao último especial encore (perto das 22h30m) “Grândola, Vila Morena” de José Afonso.
♫ Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade… ♫
Mais novos do que a revolução (no ano passado festejaram somente 40 aninhos de existência) com cabelos grisalhos (aspeto combinado entre os diferentes músicos para a ocasião, sic. Luís Represas), com a mesma energia de outrora, músicos e filhos da revolução tiveram ambos a possibilidade de matar todas as saudades e reviver idas à praia, passeios de walkman à cintura, K7 piratas, longas viagens de Carocha, visitas de estudo, bailes e feiras populares, empenhos democráticos …
♫ Ai Timor
calam-se as vozes dos teus avós
Ai Timor
se outros calam, cantemos nós ♫
Não há música sem aplauso, acorde sem ovação, letra que que não conheçam, encore tão desejado … e foi assim durante toda a noite. Sem ninguém ter planeado, democraticamente e livremente todas as músicas foram cantadas pelos músicos e público num só coro: as vozes somente possíveis após o nosso 25 Abril.
♫ Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor! ♫
No final, ficou o teaser nas páginas azuis dos Trovante e de Luís Represas:
“Trovante inicia digressão em loures!”
