Vamos falar de morte

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Vamos falar de morte. Não é um tópico de leitura ou de escrita agradável. Não é típico nem é olhado com bons olhos… Mas é real. Na vida só há uma certeza, é que todos, mais cedo ou mais tarde iremos morrer. Interessa é o que vem pelo meio, a vida e as opções que tomamos enquanto usufruímos dessa bênção que é viver e amar. E nada melhor do que hoje para falarmos deste tema.

Não é fácil olhar para a morte mas, pelo menos eu, gosto de ponderar nas hipóteses de ajudar os meus filhos quando morrer que, de preferência, quanto mais tarde for melhor. Esta preocupação também se liga com as minhas preocupações ambientais por mais estranho que pareça.

Em primeiro lugar, sou dadora e doadora. Dadora de sangue e de medula (embora não tão frequentemente como desejaria) e doadora de órgãos no caso tal ser possível.

Ainda não fiz o Testamento Vital, apesar de ser algo simples e que podemos fazer no site da RENTEV- Registo Nacional do Testamento Vital, que permite aos médicos verificar o que desejamos que aconteça no caso de não conseguirmos falar ou comunicar a nossa vontade. Permite igualmente nomear duas pessoas para serem os nossos Procuradores de Cuidados de Saúde. Está na minha lista de coisas a fazer (não posso procrastinar).

Há também os testamentos… sempre útil para quem cá fica não ter os famosos problemas das partilhas. Se ficar tudo organizado antes, é menos um problema depois. Precisa de duas testemunhas, do testamento propriamente dito e de ir a um cartório para o reconhecimento do testamento. Pode verificar no site do Portal do Cidadão como fazer.

Chegamos ao funeral… No meu caso, detestaria ficar enfiada num caixão… embora respeite todos o que o escolhem. Gostaria de ser cremada e fazer o mínimo de lixo. Vi recentemente esta opção que me parece muito interessante: uma Urna Ecológica Biodegradável. Pode ser igualmente utilizada por quem quer um funeral tradicional com enterro mas sem aquele desperdício todo.

No caso da cremação e apesar de adorar o mar, gostava que as câmaras fizessem uma espécie de floresta onde as nossas cinzas pudessem ser enterradas com sementes ou árvores e ficasse um memorial para a eternidade.

Qual a vossa opinião?