Verão com boas ideias – Guest-Post

Hoje a nossa convidada é a Raquel, a nossa cientista de serviço. No entanto, a Raquel é muito mais que isso, é uma pessoa bestial, boa onda e toda ela cheia de vibrações positivas! No fundo do artigo, com ideias maravilhosas para um verão recheado de boas memórias, têm os links para poderem acompanhar a Raquel. Vão ver que vai valer a pena!
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Eu sou a Raquel Dias da Silva e na blogosfera podem encontrar-me no Meek Sheep, um blogue de lifestyle, e no Supernova, um blogue de comunicação de ciência, onde podem aprender mais, encontrar sugestões de livros de divulgação científica e de actividades para fazer, sobretudo ao ar livre, e conhecer projectos de sciart (arte que divulga ciência).
As férias chegaram, os miúdos estão sem nada para fazer e não os quer em frente aos ecrãs o verão inteiro? Partilho sugestões de actividades para fazer em família em (quase) qualquer lugar e cinco lugares para visitar em família.
Beachcombing
Já alguma vez deu por si a apanhar conchas, restos de animais marinhos ou outros objectos perdidos no areal? Então é porque já praticou Beachcombing, mas pode aprender mais sobre esta actividade naturalista e começar a coleccionar peças únicas em família.
Se já têm uma caixa cheia de todos aqueles verões na praia, podem sempre criar objectos decorativos em conjunto, como espanta-espíritos, colares, pulseiras, brincos e até porta-chaves.
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Geocaching
O GPS não serve só para não nos perdemos nas viagens de carro. É também uma forma de conhecer Portugal, através do Geocaching, uma espécie de caça ao tesouro dos tempos modernos. Mas como é que funciona realmente?
Em primeiro lugar, precisa de um equipamento GPS ou de um smartphone equipado. Depois é só procurar as geocaches, que existem por todo o mundo. Pode encontrá-las num parque natural perto da sua casa ou numa rua da sua cidade. Elas estão literalmente por todo o lado!
Não se esqueça de partilhar as suas descobertas, com os mais de 50 mil praticantes nacionais, na plataforma portuguesa.
Jardinagem
O contacto com a natureza promove saúde e bem-estar, entre muitas outras vantagens. Cultivar plantas em casa pode ser, sobretudo para quem vive na cidade, uma alternativa a idas ao campo ou a actividades ao ar livre. Já pensou como ter uma planta pode ser um projecto em família?
Existem imensas plantas de interior que pode adquirir para oferecer aos seus filhos. A ideia é ensinar-lhes a amar e a proteger outro ser vivo e a exigência é menor quando comparada àquela que cuidar de um cão ou de um gato exige. Além disso, é possível criar canteiros, hortas verticais ou terrários em família.
Um terrário, por exemplo, é um recipiente transparente de tamanho diverso que normalmente contém pedras, carvão, terra e plantas e que permite observar o comportamento vegetal. Para quem não tem tempo de cuidar de um jardim e receia que os filhos deixem a planta morrer, os terrários são perfeitos porque não exigem tanta manutenção.
Se optar por esta solução, escolha uma planta pequena, que prefira sombra e que tolere níveis altos de humidade, como samambaias, musgos, suculentas e cactos. Quanto ao recipiente, há diversas hipóteses, mas recomendo um aquário. Coloque-o num sítio em que receba luz, mas de forma indirecta, uma vez que o vidro pode funcionar como uma lente de aumento, intensificando a luz e o calor no interior do terrário. Não queremos carbonizar nada, não é verdade?
Pode aprender a criar um terrário com estas instruções ou, se quiser utilizar plantas aéreas e pendurar o terrário algures, recomendo o guia do Saber Viver.
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Actividades ao ar livre
Já pensou em trocar a praia pelo parque de vez em quando? Existem parques em todo o país, uns maiores que outros, mas todos aptos a actividades ao ar livre, como fazer piqueniques, andar de bicicleta, observar a fauna e a flora.
Pode sair à rua e procurar plantas invasoras, como mimosas ou acácias, que pode arrancar e utilizar para construir um herbário, uma colecção de plantas secas e prensadas. As plantas invasoras são plantas estrangeiras que se adaptaram ao nosso território e causam impactos ambientais e económicos negativos. Por isso se as arrancarmos manualmente, de forma correcta, estamos a ajudar ao seu controlo. Pode saber mais sobre o problema em Invasoras, uma plataforma de ciência-cidadã.
Para construir o seu herbário precisa de jornais, duas placas de madeira (40x30cm) com um furo a 2,5 cm de cada um dos quatro cantos e 4 parafusos compridos com porcas de orelhas. Siga as instruções do guia na Ciência Viva.
5 lugares para visitar em família
Se está pelo Norte, vá conhecer Citânia de Briteiros que não é, mas bem podia ser a verdadeira aldeia de Asterix. Este sítio arqueológico da Idade do Ferro, no concelho de Guimarães, a cerca de 15 km da cidade, está classificado como Monumento Nacional.
Pelo Centro, recomendo uma visita à Mata Nacional da Machada, no Barreiro, em qualquer altura do ano. Trata-se de uma reserva natural com cerca de 370 hectares de mancha verde contínua e que é, sem dúvida, um local privilegiado para actividades de desporto, recreio e lazer – com dois parques de merendas, diversos fontanários, percursos pedestres e de BTT devidamente assinalados e um Centro de Educação Ambiental (CEA), que dinamiza bastantes actividades e workshops, na maior parte das vezes completamente gratuitos. Recomendo a leitura da revista Folha Viva, da responsabilidade do CEA, e a utilização da app da Mata da Machada, para Android e iPhone.
No Sul, deslumbre-se com o Parque Natural da Ria Formosa, a mais importante zona húmida do sul de Portugal. Esta área protegida é palco de inúmeras actividades, como cultura de bivalves, piscicultura e salicultura. É possível passear de barco à vela na Ria Formosa e observar pássaros, como os flamingos.
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Na Madeira, descubra a Floresta Laurissilva, que tem mais de 15 milhões de anos e é considerada Património Natural da Humanidade pela sua riqueza, diversidade e estado de conservação. Pode conhecê-la através de caminhadas a pé em zonas acessíveis devidamente identificadas, de um tradicional piquenique e até de desportos radicais.
Os Açores, por último mas não menos importantes, são ideais para a práctica dos desportos de ondas, como o Surf, o Bodyboard ou o Windsurf. Nos meses de Verão, predominam as ‘inchas’ ou ‘marés de Agosto’, como são conhecidas entre a população as ondulações de sul geradas por tempestades tropicais. Recomendamos uma visita ao Azores Surf Center, em São Miguel, para experimentar em família.
Para mais publicações minhas
Podem encontrar-me através dos meus blogues pessoais, mas também através das suas páginas de Facebook – aqui e aqui –, no Instagram e no jornal digital Espalha-Factos.

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