Os meus filhos, principalmente os dois mais velhos, são fãs de História e de contos arrepiantes. Ora os autores, Rui Correia, vencedor do Global Teacher Prizer 2019, e António F. Nabais, ambos professores, parece que adivinharam.
Lançaram em junho, os Contos Arrepiantes da História de Portugal e foi a loucura cá em casa. Mesmo o C., que apesar de ter feito os 8 anos e só terminar agora o 2º ano, adorou folhear e ler as partes que mais lhe chamaram a atenção.
Não são histórias para os mais sensíveis, mas são uma forma muito divertida de aprender um pouco mais sobre a história de Portugal. Por exemplo, se passarem pelo Martim Moniz, é bem provável que eles se lembrem quem foi o herói que se sacrificou em batalha.
São pequenas histórias arrepiantes, de cerca de uma página, com pormenores mais e menos conhecidos, mas dos que são bons para partilhar à noite, quer de verão, quer de inverno.
Depois, há também a ilustração, por Hélio Falcão, que torna o livro ainda mais apetecível. Em tons escuros, com o vermelho como predominante, ajuda a criar aquele ambiente especial para ler o livro, debaixo do cobertores, à luz do candeeiro escondido. Quem nunca leu um livro assim?
Aconselhamos este livro para crianças, diria a partir dos 7-8 anos, dependendo do nível de leitura que tenham, mesmo sem serem fãs de história. Quem sabe se este livro não lhes cria o bichinho da curiosidade para aprenderem mais sobre a história de Portugal?
Além disso, já vão saber os factos mais arrepiantes para partilharem nas aulas de história, a partir do terceiro ano! Isso é sempre um ponto extra!
Sinopse:
A vida na Idade Média era medonha e metia um bocado de impressão. As histórias que nos chegaram são arrepiantes. Se havia uma batalha, restavam sempre muitos mortos e mais feridos ainda; se raramente se tomava banho, imagina o cheirete; se faltava comida por uns dias só, as fomes eram enormes e as doenças eram horrendas; se poucos aprendiam a ler, o mundo estava
cheio de analfabetos.
Vale a pena conhecer estas histórias de Portugal porque, para estarmos aqui, foi preciso passar por aventuras e horrores que nem conseguimos imaginar. Seria muito injusto esquecer estes homens e estas mulheres que sofreram tanto para que o mundo tivesse a sorte de ver nascer um Portugal como o nosso.