Crónica de uma Gravidez Geriátrica – A descoberta

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A descoberta foi a meio do mês de janeiro… Ida ao médico, exames e uma pequena dose de ansiedade foi o que ficou desta descoberta na entrada em janeiro.

Em primeiro lugar, já não se chama de gravidez geriátrica. Agora, uma gravidez acima dos 35 anos é chamada de gravidez de idade materna avançada.

No entanto, quando engravidei do nosso C., tinha 34 anos e o meu obstetra brincava comigo que estava a meses de uma gravidez geriátrica… Tínhamos uma excelente relação, foi ele quem me ajudou ao longo das três primeiras gravidezes. Aqui, com a minha idade, é um admirável mundo novo.

Esta gravidez foi muito desejada e não foi um desejo de natal. Infelizmente, como muitas vezes acontece, com os sobressaltos dos três últimos anos, não foi fácil. No momento em que estávamos prestes a desistir, porque, aqui a Je, estava com medo de estar a passar do prazo de validade, a criança decide aparecer.

Primeiro, as dores nos peitos… Ai de alguém que me tocasse, o medo dos abracinhos rápidos dos meus filhotes. Depois, as náuseas… vai uma, vão duas, vão três. Achei que talvez fosse boa ideia comprar um teste de gravidez, et voilá.

Na manhã seguinte, fiz o teste e o resultado foi positivo. Fiquei muito feliz, contei ao feliz pai e depois assentou em mim o pânico. De repente, a minha cabeça começou voar por cima de todos os cenários possíveis e imaginários.

E o que é que uma pessoa faz, quando em pânico? Vai ler tudo o que pode ler no Mr. Google, para se reconfortar nas estatísticas que demonstram que quanto mais velha, maior a possibilidade de ter problemas.

A partir desse momento, foi a ida ao médico de família, as análises e a primeira ecografia. Descobrimos que o bebé era mais novinho do que o que imaginávamos e que, até às 12 semanas, ainda faltava um longo caminho.

A caminho das 12 semanas

Essa era a primeira etapa: atingir as 12 semanas. Foram semanas angustiantes e complicadas. Demorámos muito tempo a contar a quem nos rodeava. Primeiro ao filhote mais velho, para ajudar no que fosse necessário. Ele ficou felicíssimo.

Depois, contámos à família mais próxima, pessoalmente. Contávamos contar ao resto da família nas férias da Páscoa, mas teve que ser pelo telefone. Os filhotes mais novos ficaram a saber quando o C. fez anos e lhe oferecemos a primeira ecografia. O N. não está radiante mas aceita. O C. anda feliz da vida, a conversar com a barriga.

Chegámos às 12 semanas, sem stress e sem problemas demais. Da primeira gravidez aos 24 à última em capícua 42, vai uma enorme diferenças. Para a semana, conto as partes menos boas, que já tinha esquecido e outras, de como o corpo sabe o que faz.

A descoberta desta gravidez foi uma benção e agora vamos prosseguir a viagem! Venham mais semanas!

Se quiserem ler sobre os partos dos nossos filhotes, estão todos nos Relatos de um Parto.

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