Cresci no meio de discos e da rádio. Quando, em criança, visitava os meus avós, um dos primeiros discos que eles colocavam era a Sinfonia nº 5 de Beethoven e eu vibrava. Mas também ouvíamos Janis Joplin, Aretha Franklin ou José Cid. Sempre houve liberdade musical e isso enriqueceu-me muito. Quando me perguntam que tipo de música prefiro ouvir, é imensamente complicado escolher… É tudo bom, depende da hora, do local e do mood…
Ontem há noite, quando pegámos nos discos, o filhote mais velho pôs-se a pesquisar e estivemos a ouvir aquelas músicas dos anos 70 com orquestra e foi muito giro analisar as diferenças e as semelhanças… A música é algo partilhado cá por casa. Não somos a família Von Trapp, apesar de todos estudarem música, mas todos partilhamos esta paixão.
Se um dia passarem por um jovem de dez anos a cantar ópera, é muito provável que seja o meu N., que não quer ser cantor de ópera mas adora ouvir ópera. O meu marido é mais rock e o mais velho é muito eclético. É como a mãe, gosta de um bocadinho de tudo! O mais novo, para já, vai ouvindo um pouco de tudo.
Concertos que gostava de ver… Quase todos! Mas nunca há tempo nem tempo suficiente! Felizmente, hoje em dia, é possível ver e ouvir tudo o que queremos na net ou na televisão. Mesmo assim, sinto saudades das nossas cassetes, gravadas da música que passava na rádio e que colocávamos no walkman, durante horas a fio. Ainda hoje me recordo das viagens para o Algarve cada vez que ouço Jim Diamond a cantar And I should have Known Better
É que a música não traz só luz à nossa vida no momento. Ela funciona como uma espécie de terapia. Consegue melhorar o nosso humor, fazer-nos mais felizes, criar memórias. De repente, toda a nossa vida se torna uma espécie de banda sonora, cujas lembranças são despoletadas pelas músicas da nossa vida, quer para os bons momentos, quer para os menos bons.
Qual é a banda sonora da vossa vida?
[…] música é algo que une uma família para sempre, não […]