Contém Spoiler no fim – depois do trailer… Leiam! No entanto, caso se queiram proteger da minha opinião com spoiler, quando chegar ao trailer, vão visitar outras páginas nossas!
A expetativa era grande. Daniel Day Lewis é um excelente ator que se transforma a cada personagem que encarna. Para além disso, este é, segundo consta, o último filme que fará, daí ser necessária a despedida deste enorme ator no grande ecrã.
A história tem um desenrolar interessante, sobre um costureiro de renome de Saville Row, que trabalha em sua própria casa, com uma clientela de requinte. Vive com a sua irmã Cyril (Lesley Manville) com quem tem uma relação estranha e vive muito do seu passado, nomeadamente com o fantasma real ou imaginário de sua mãe, por quem nutre um amor intenso.
Este mesmo amor e a sua dedicação à sua arte parece não lhe permitir entregar-se a uma mulher de corpo e alma, até Alma (Vicky Krieps) aparecer na sua vida. Rapariga simples e modesta, estranha e diferente, torna-se a sua musa durante algum tempo, até parecer que terá um fim igual a todas as outras mulheres que já fizeram parte de Mr. Woodcock (Daniel Day Lewis).
O papel dos atores é magnífico e o sorriso de Alma surge sempre com a intensidade certa, no momento certo. Lesley Manville é perfeita. O trabalho com as câmaras está primoroso e é realmente um filme muito bonito. Gostei muito da banda sonora, muito piano, nos momentos certos e a acompanhar o filme do início ao fim. Nomeado para seis Óscares, o de Melhor Realizador, Melhor Filme, Melhor Actor Principal (Day-Lewis) e Melhor Actriz Secundária (Lesley Manville), Melhor Banda Sonora e Melhor Guarda Roupa, é realmente um bom filme de despedida para um ótimo ator.
Aqui fica o trailer e, não se esqueçam, SPOILER ALERT já a seguir:
SPOILER ALERT:
Inventaram um novo síndrome neste filme e foi o mais difícil para mim: O Síndrome de Estochausen (não Stockhausen, o compositor), uma mistura entre o Síndrome de Estocolmo e o de Münchausen por procuração… Foi aqui que a relação se tornou demasiado estranha para mim… mas, cada um é como é, e gostos e relações não se discutem embora aqui já ultrapasse um pouco o sado-masoquismo e entre na esfera da violência doméstica.
Olá,
Eu é que agradeço pela companhia!
Bons filmes.
😉