O regresso à escola tem um sabor agridoce. Se por um lado, reconheço a importância da escola na vida dos nossos filhos, por outro, reconheço que a luta contra esta pandemia ainda está longe de terminar.
Ontem, enquanto estendia a roupa, ouvi um senhor falar com outro, à varanda, que cabia a cada um de nós a responsabilidade de lutarmos contra o bicho. Hoje, a minha nutricionista contava-me como viu os miúdos todos felizes e agarrados uns aos outros no recreio da escola.
Não podemos roubar estes momentos às crianças e eles precisam mesmo de estar uns com os outros e com a professora. Sabemos que os primeiros anos de escola são importantíssimos para a aprendizagem. Também sei que é mais uma fonte de exposição, só que imaginando o ar de felicidade do meu filho com os seus amigos, penso… vai ser como jogar no totoloto, só que ao contrário. Esperamos que não, vai ao jogo com máscara (1º ciclo e eu pedi para ele poder estar com máscara) e desinfetante, só que tudo é possível.
Quanto às pinguinhas, foi um hoje! Irá outro daqui a três semanas e o regresso do último será daqui a pouco mais de um mês. Pelo meio, esperamos que o pai seja vacinado (segundo constava) e as meninas ficam por casa (e nos seus passeios pela natureza, para não pirar).
As outras pinguinhas dizem respeito ao que nos rodeia. Não tenciono ir até ao cabeleireiro para já. Os meus filhos vão andar gadelhudos, durante mais um tempo e está tudo bem. Ainda não sei quando me sentirei bem e segura para ir ao supermercado com a bebé e, definitivamente, tão cedo, não poderei ir para uma esplanada… Só podem ser 4 e nós somos 6!
Ahhhh! Mas vou voltar à biblioteca e, um destes dias, quero ir a um museu. Aproveitar que ainda há pouco turistas e tenho os museus só para mim. Sim, porque imagino que haverá mais pessoas no supermercado do que no Museu!
E, um destes dias, farei um rally pelas minhas pessoas. Haverá distância, haverá máscaras, eu dentro do carro e elas fora, de modo a poder entregar as prendas de natal em mão. Quero ver as pessoas de quem gosto, nem que seja 10 minutos. Preciso de ouvir as suas vozes sem ser pelo telemóvel e de gravar os seus olhares (o possível com a máscara) na minha mente.
Agora, mais a sério, não sei quando isto irá terminar e, apesar de ter o coração apertadinho, sei que eles precisam de ir à escola. Espero que tudo corra bem, pois a esperança é o pouco muito que nos resta.
Quais são os vossos planos neste regresso às pinguinhas?
Deixo-vos este link, se quiserem ajuda para simplificar a vossa casa de banho.
Beijinhos e boa semana!
