Não é fácil escolher um livro para os pais. Alguns não gostam muito de ler, outros gostam de livros mais técnicos, outros acham que não têm tempo… Se calhar, nunca encontraram foi o livro certo, para o momento certo. Aqui ficam algumas sugestões especiais, para pessoas especiais. E ninguém é mais especial que os nossos pais!
O Lobito Azul Adora o Papá
Quem é o mais querido? O mais bonito? O mais traquina?
É o Lobito Azul
É Dia do Pai, e o Lobito quer oferecer ao Papá Lobo um grande, grande, grande presente, para lhe mostrar o tamanho do amor que sente por ele.
És tão espertito, Lobito!
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Almoço de Domingo
Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.
Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.
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Metafísica da Verdadeira Felicidade
Neste breve ensaio, Alain Badiou revisita os principais elementos da sua filosofia, apresentando-a segundo o prisma da busca da verdadeira felicidade (como efeito produzido pela verdade na experiência de um sujeito). […] o autor explica porque é que esta busca, que é o objetivo de toda a vida filosófica, é hoje mais desejável do que nunca. ao analisar os constrangimentos contemporâneos, mostra que a situação da filosofia atual é defensiva, e que isso constitui uma razão adicional para sustentar esse desejo.
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O último dos colonos
O último dos colonos – Até ao cair da folha é o segundo volume das memórias de João Afonso dos Santos. Agora em Moçambique, onde viverão também os seus pais, José Nepomuceno e Maria das Dores, e os seus irmãos, Zeca Afonso e Mariazinha.
João Afonso dos Santos entra pela sociedade colonial da segunda metade do século xx, descreve-a, vê as suas contradições, vê um mundo de opressão onde a beleza espreita tantas vezes, vê as batalhas dos democratas portugueses, o nascimento da insurreição da Frelimo, a guerra, a denúncia dos massacres, as manobras sujas do poder colonial e da PIDE, e a independência.
Um testemunho extraordinário das últimas décadas do mundo colonial em Moçambique, profundamente documentado, narrando a história viva do dia-a-dia, o cineclube, a intervenção cultural, os amigos, o trabalho como advogado, e o convívio fraternal com Zeca, que viveria em Moçambique uma das fases mais marcantes da sua obra criadora.
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A Ocupação
«Todo homem é a ruína de um homem, eu poderia ter pensado. Aquele homem que se apresentava aos meus olhos era a encarnação dessa máxima, um ser em estado precário, um corpo soterrado em seus próprios escombros.»
Assim começa A ocupação e a viagem de Sebastián, que vive uma pequena tragédia familiar: o aborto espontâneo de um filho, inaugurando um penoso período de luto, a par e passo com o internamento prolongado do pai, com um pulmão perfurado. Sem saber como agarrar o fio da sua própria existência em ruínas, o narrador recebe uma chamada de um refugiado sírio, convidando-o para uma conversa. Vendo nesse convite o pretexto necessário para se evadir do quotidiano, Sebastián vagueia por São Paulo rumo ao Hotel Cambridge, ruína de um prédio outrora grandioso e no presente ocupado por um grupo de sem abrigo. Mergulhando nas histórias que o edifício encerra, o nosso narrador será por elas ocupado, até também ele se esquecer de quem era antes.
No romance A resistência, vencedor do Prémio Literário José Saramago, Julián Fuks depositou na personagem de Sebastián o seu alter-ego, para, através dele, reconstituir as peças da história íntima da sua família e do seu país. Neste novo romance, o autor regressa à personagem de Sebastián para olhar de novo a família, entretanto alargada, e o mesmo país, à beira da ruína.
Juntando à sua voz outras vozes, incluindo a de Mia Couto – seu companheiro no processo de escrita do romance, e nele personagem -, o autor-narrador deambula por histórias e lugares, expondo várias formas de ocupação. Com uma prosa bela e delicada, Julián Fuks revela a fragilidade da vida, o drama da solidão, a luta das pessoas comuns para renascer das ruínas no meio das “pequenezas quotidianas”. A ocupação é uma tocante história de perda e de resiliência pela mão de um dos mais promissores autores brasileiros do presente.
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Arsène Lupin – Cavalheiro Ladrão
Ousado, sedutor e divertido, Arsène Lupin é o criminoso ladrão mais famoso do início do século XX. Responsável por uma série de crimes misteriosos em França, o anti-herói mantém um código de honra muito próprio: atormenta os seus oponentes, ridiculariza a burguesia e ajuda os mais fracos. Um Robin Hood muito francês, portanto. Não se leva muito a sério, a sua arma mais mortífera é a perspicácia e não é um aristocrata que se aclama como anarquista, mas sim um anarquista que vive como aristocrata.
Encarado como a irónica resposta francesa a Sherlock Holmes, este é o primeiro livro de uma série de vinte títulos empolgantes que Maurice Leblanc dedicou a Lupin, uma das personagens mais marcantes do policial de sempre.
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