Sabem aquelas pessoas que têm uma bússola interna que as faz orientar em qualquer situação? Eu conheço algumas, como o meu filhote de 6 anos que reconhece estradas e locais onde esteve com 2 anos. Claramente não sai a mim, que me perco constantemente, mesmo com a ajuda do GPS.
A verdade é que, cada vez que me perco, conheço novos locais e pormenores interessantes que desconhecia. Perco tempo que seria precioso para usar noutras atividades. É bom cheirar as flores mas apenas se for fora do carro!
Felizmente, o Google Maps rapidamente encontra uma solução para uma escolha errada. Qualquer caminho vai dar ao local previamente escolhido ao contrário da vida real. Quando escolhemos um caminho, quando cometemos um erro, quando dizemos a palavra errada, percebemos que a vida não é como o Google Maps.
Voltaremos a fazer o nosso caminho, com mais pedras no coração do que antes, e esse peso não deixará apreciar esse passeio como anteriormente. Encontraremos outros percursos e deixaremos essas pedras pelo trilho, enquanto apanhamos flores mas já iremos demorar mais tempo.
A vida não é o Google Maps e não temos o percurso trilhado à nossa frente. Vamos fazendo o nosso caminho, fazendo as nossas escolhas, Viajando pelo tempo que estaremos nesta estrada. As pedras que me aparecem no caminho, não as apanho… Preciso de ter as mãos livres para apanhar as flores que darão cor à minha vida
A vida não é o Google Maps. Não encontramos o caminho certo logo à primeira e não há respostas rápidas. Seria certamente mais fácil, se a nossa vida tivesse um GPS incorporado.
O melhor que podemos fazer é caminhar com calma, tentar não errar pelo caminho e, caso aconteça, procurar o caminho certo desfrutando do passeio.