O ano que passou consegui encontrar todo o tipo de desculpas para não fazer exercício físico. A falta de tempo costuma ser a mais importante desculpa de todas. A verdade é que não gosto de ir ao ginásio. Sei que faz bem, sei que preciso mas não gosto e, uma coisa é levar uma vacina de vez em quando, outra é ir ao ginásio três vezes por semana, sendo que não há nenhum na zona onde moro e teria que ir de carro.
Este ano, uma vez que passarei duas horas dentro do carro para levar os meus filhos para a escola e de volta a casa, tenho mesmo que encontrar a solução. Se tudo correr bem, como está delineado, conseguirei fazer 30 minutos todos os dias e mais algum em família ao fim de semana.
Eu fiz a opção de ser mãe a tempo inteiro, com uma ocupação flexível e em part-time, e, mesmo assim, tenho imensa dificuldade em ter tempo para aquilo que gosto ou preciso. A nossa opção foi cortar o máximo nas despesas para poder acompanhar os filhos. O mais novo não tem AECs, só comem na cantina quando têm aulas de tarde e à hora da saída, seja às 15.00, 16.00 ou 17.00 e, por vezes, assim os três nesta sequência, a mãe está lá.
Não foi uma opção fácil mas tem a ver com aquilo que, em família, considerámos melhor para eles e, consequentemente para mim. Se os nossos filhos estão bem, nós estamos bem. A alegria do C. foi enorme quando, na quarta-feira passada, chegou a casa às 15.20, pediu para ir tomar banho e saiu de lá a dar pulos de alegria e a gritar:
- Festa do Pijama! Festa do Pijama! Festa do Pijama!
E ainda só estava na primeira semana de aulas. Mas, foi aí que percebi que a opção que fizemos há quase cinco anos continua válida. É complicado gerir o tempo pois quando eles estão na escola, trabalho e, quando saiem e isso pode ser todos os dias a partir da hora do almoço, o meu tempo está por conta deles.
Sim, podia ir fazer exercício com eles mas a essa hora já eles estão cansados. Quero desfrutar da sua companhia, ir com eles ao parque, lanchar, ajudar nos TPC (mas nunca fazê-los ou dar as respostas – fica para outro texto). Também não gosto de ir ao cabeleireiro com eles (daí que não vá desde que a escola acabou – talvez esteja na hora de ir). E as compras… Eles são uns amores e não fazem birras, devem ter feito uma vez e percebido que não funcionava, mas perco imenso tempo a dizer Não!
A gestão do tempo da mãe não tem a ver com o tempo em horas mas do que consideramos ser o que é mais importante. Sei que daqui a dez anos terei imenso tempo livre… Agora, prefiro gerir o meu tempo com eles!
Resumiste de uma forma clara e precisa aquilo que queria explicar a mim mesma e aos outros está questão da gestão do tempo e do ser mãe neste último parágrafo!!! Não podia concordar mais <3
Quanto ao exercício, estás no bom caminho hehe. Beijinhos
🙂