Na senda da sustentabilidade – Zero Waste

Esta semana temos a Fiona novamente, como nossa convidada, com mais 5 sugestões de opções simples que podemos fazer para melhorar o mundo que nos rodeia. Podem ler as primeiras 5 sugestões aqui!
Chamo-me Fiona, tenho o privilégio de ser mãe de um adolescente e uma pré-adolescente incríveis, vivo perto da maravilhosa serra de Sintra, adoro fotografar e cozinhar, por isso, se quiserem podem acompanhar-me na minha muito recente página de instagram:
https://www.instagram.com/asminhasmelhoresreceitas/

  • Criar um armário minimal

Esta foi uma das primeiras coisas que me fascinou na Bea Johson. Nunca tinha ouvido falar sobre a ideia de armário cápsula, nem tinha visto alguém que estivesse bem apresentada e tivesse tão pouca roupa no armário. Pelo contrário, eu achava que tinha pouca roupa e que precisava de muito dinheiro para actualizar o meu estilo. O que realmente aconteceu, foi que acabei por desfazer-me de dois terços do que tinha no armário, porque não me servia, ou não ia voltar a usar, ou não gostava, ou já não estava em condições, etc. Acabei por dar a tudo um destino que não o lixo (instituições, amigas, reciclagem) e de cada vez que abria o armário estava feliz, porque tudo o que via eram apenas as peças de roupa de que gostava e me faziam sentir bem! Acabei por estender esta atitude para muitas áreas da casa, por exemplo: os panos da cozinha, as toalhas, a loiça, etc.

  • Recusar palhinhas

A segunda coisa que mais me fascinou em relação à Bea Johson foram os seus cinco princípios (recusar, reduzir, reutilizar, reciclar, compostar) e muito particularmente o de recusar! Achei muito interessante, perceber que havia muita coisa que me sentia compelida a aceitar, sabendo perfeitamente que aquilo iria diretamente para o lixo. Com este princípio em mente passei a recusar: palhinhas, sacos de plástico ou papel, cartões de visita, guardanapos, fotocópias e por aí fora. E tornei-me consciente que muitas vezes se pode encontrar outra solução para fazer as mesmas coisas de forma mais barata e sem produzir lixo. O que acho fascinante é que acabei por ter de ser muito mais criativa na procura das soluções.

  • Comprar a granel ou em mercados

Quando passei a evitar consumir alimentos processados, também passei a produzir menos lixo, porque normalmente estes alimentos têm invariavelmente que vir embalados. Passei a preferir alimentos sem lista de ingredientes, ou seja, frutas, vegetais, leguminosas e a procurar a maior variedade possível. Também comecei a aprender a fazer muitas coisas em casa e fiquei fascinada por perceber que podia fazer leite vegetal, iogurte, molho agridoce, barritas de cereais, etc, coisas que achava que tinham processos complicados e afinal eram tão simples e podiam ser muito mais saudáveis e muitas vezes mais em conta. Desta forma passei a comprar muito mais em mercados e frutarias do que noutros locais. Também comecei a ser muito mais consciente do desperdício alimentar e depois de várias tentativas, descobri o que funcionava melhor para mim: passei a cozinhar sem deixar sobras para o dia seguinte, excepto a sopa, e passei a utilizar o máximo possível das casacas dos vegetais. Isto foi de facto um ponto de viragem no meu desperdício alimentar e estou muito feliz por ter descoberto o que funcionava na minha casa e com a minha família.

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  • Descobrir o óleo de côco

O óleo de côco para mim foi uma descoberta maravilhosa, porque aqui estava um produto simples, natural, sem químicos, biológico, vendido em embalagem de vidro e que tinha inúmeras funções: desde hidratante de rosto, hidratante de cabelo, hidratante de corpo, hidratante de lábios, desmaquilhante e até mesmo um excelente alimento. Confesso que o uso para uma pequena parte da sua funcionalidade, mas tirei daqui uma lição que tento aplicar sempre que possível, ou seja, consumir coisas que sejam o mais naturais possível e que tenham múltiplas funções. O objectivo que tenho sempre em mente é o de ter a menor quantidade de objectos possível, ou seja, apenas o suficiente.

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A minha última conquista foi fazer o meu próprio desodorizante e aqui fica a receita que encontrei no grupo Lixo Zero Portugal: 1 medida de óleo de côco, ½ medida de bicarbonato de sódio, ¾ de medida de amido de milho e 10 gotas essências de tea tree (eu usei essência de limão).

  • Continuar a aprender

Tenho sempre em mente que procuro activamente a solução que melhor funciona para mim. Se por exemplo prefiro comprar um livro em vez de o ter digitalmente é uma escolha consciente, e este é apenas um exemplo. A Bea Johson também fala disto no seu livro: o encontrar um ponto de equilíbrio. Acho que este caminho funciona melhor, se cada um estiver consciente das escolhas que está a fazer e procurar as soluções mais ecológicas, que funcionam para si. Ainda tenho muito caminho pela frente e estou muito empolgada!

A minha última dica é: comecem hoje!! Uma só pessoa faz a diferença, um só hábito alterado já é uma grande mudança e depois de começarem neste caminho, vão descobrir que é muito mais fácil do que pensavam e estão a contribuir para um mundo melhor!!

Por fim quero agradecer à Sílvia, pela possibilidade de participar no desafio que lançou no Grupo Lixo Zero Portugal!!

Partilhem e comentem!!

Obrigada,

Fiona

 
 

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