Cá está o último parto e o mais perfeito… Foi um dia perfeito e acabou perfeitamente bem. No dia 27 de fevereiro de 2012, pela manhã, fui fazer uma limpeza de pele e fui à cabeleireira. Esperávamos o C. daí a uma semana e quis aproveitar para me mimar, nesses últimos dias.
Depois de uma maravilhosa e relaxante manhã, fui almoçar com a minha mãe e a minha avó. Foi a última vez que estivemos as três juntas. Foi um momento maravilhoso de partilha, no restaurante preferido da minha avó. Acabado este momento, fui buscar o N. à escola, conversei com a professora e despedi-me dos amiguinhos.
Lá fora encontrei um grande amigo que fazia anos nesse dia e recordo-me de brincar com ele que provavelmente já não seria aquele o dia… Já há algum tempo que brincávamos se seria aquele o dia ou não.
Lá fomos para casa, depois de apanhar o J. e comecei a tratar dos banhos, do jantar, até que comecei com uma guinada e algum desconforto. Entretanto, o meu marido chegou a casa e eu fui tomar banho. Nesse momento, começo a ter mais algumas dores e liguei à minha mãe para se preparar para me levar ao hospital.
Depois do jantar e de me despedir dos filhotes e do marido, lá segui com a minha mãe para o hospital, que ficava a cerca de cinquenta minutos de minha casa. Como imaginam, lá fomos fazendo o trabalho de dilatação pelo caminho. Quando chegámos já estava com oito dedos de dilatação e, mais uma vez, sem direito a epidural. Fui para a sala e a obstetra de serviço decidiu romper a bolsa para acelerar o passo.
Funcionou, já eram quase onze da noite e passado trinta minutos já cá estava fora. Nessa noite pareceu-me ser a única parturiente e estava tudo tão calmo e silencioso. A minha mãe entrou e ajudou a limpar e a vestir o C.. Lembro-me de ter ficado tão agradecida e de coração cheio por podermos estar ali a partilhar aquele momento tão perfeito.
Custa, custa muito mas passa tão depressa que em breve nos esquecemos de quão difícil e doloroso foi… Basta um olhar para o mais precioso bem do mundo, um recém-nascido e funciona como o melhor analgésico de sempre. Pegar-lhe, cheirá-lo, beijá-lo e amá-lo para sempre e mais além!
Já leram o relato do parto número um e do número dois?