Setembro, o mês da confusão

Não sentem que setembro é um mês que surge em catadupa? Parece começar devagar e, de repente, temos tanto que fazer que sentimos que os dias só têm 8 horas e só duas delas para dormir.

Se calhar sou eu, que não gosto de stressar com o início do ano letivo em agosto pois acho que assim deixa de cheirar a férias e acabo por querer fazer tudo nos primeiros dias de setembro. Comprar material escolar que falta, reuniões de pais, listas de mais material que falta, manuais, encadernar manuais, esperar pelos manuais que ainda faltam. Ouvir os filhos sobre o material que falta, as refeições e as expetativas para o ano que está prestes a começar.

Depois os fins de semana, que ainda cheiram a verão e queremos praia ou passeio, piqueniques e concertos pois depois o tempo não dará para tudo. As burocracias voltam, o trabalho regressa e, muitas vezes, com mais trabalho ainda pois o mês de agosto é um acumulador de tarefas que guardamos para setembro.

Assim vem setembro… Com a promessa de um novo início mas com todo o trabalho e pujança do tempo passado! Tentamos fazer novas promessas como comer melhor, fazer mais exercício, beber mais água, tirar mais tempo para estar com os filhos, com o marido, com os amigos, com o gato e o cão e claro, mais tempo para nós! E o tempo voa e escorre pelos dedos e, às tantas, o buço cresceu, os pelos das pernas já têm dez centímetros e o cabelo ainda está por cortar e parece palha seca… Ui, as boas intenções que agosto tem cheio… agosto, inferno, calor, praias cheias no algarve – é quase tudo a mesma coisa!

Em setembro, reflito sobre o tempo que passou e o que desejo fazer até dezembro. Sou uma sortuda – faço anos em junho e posso refletir de três em três meses… Ano novo, quaresma, aniversário e setembro… posso afirmar que é sempre bom refletir, o pior é o resto. Também é em setembro que começo a tomar o meu café da manhã com canela e gengibre para me proteger e também como mais fruta e bebo mais água. Estas intenções morrem com o frio. A minha teoria é que o meu ADN ancestral me diz para comer doces e bebidas quentinhas e calóricas para não morrer com o frio glaciar que se faz sentir na Sibéria.

Setembro, aquele mês agri-doce, de uvas e amoras, dias de excitação e de cansaço, de dias de sol e de ventos mais frescos, amado por muitos, odiado por outros tantos. Setembro de promessas e sonhos, inspirações e pesadelos. Setembro de café forte pela manhã e noites longas de preparação. Setembro, mês de retornos, de novas oportunidades, de estudantes e professores.

Setembro enfim! Carpe Diem!
2ª

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